Grupel tem novo Diretor de Engenharia e Inovação

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Júlio Tomé junta-se à equipa enquanto Diretor de Engenharia e Inovação da Grupel e promete apostar na criação de valor e benefício para clientes e o mercado

Com décadas de experiência no setor da geração de energia, Júlio Tomé junta-se à nossa equipa, assumindo o leme do Departamento de Engenharia e Desenvolvimento de Produto e trazendo um importante know-how técnico e muita motivação, que levará à inovação contínua dos nossos produtos e serviços face a um mercado em constante mudança.

Da assistência técnica ao desenvolvimento de produto, passando pelo marketing e a área comercial, muitas são as áreas por que Júlio Tomé, um engenheiro eletrotécnico geralmente rodeado de mecânicos, passou ao longo de 23 anos dedicados ao mundo dos geradores elétricos, no Grupo Atlas Copco.

Lá, fez parte de diversos projetos, incluindo o desenvolvimento de uma Gama Rental para o mercado global, e outras gamas de grupos eletrogéneos e torres de iluminação para diversas regiões no mundo inteiro, alguns dos quais distinguidos e premiados. Mais recentemente, dedicou-se mais especificamente à criação de soluções para o mercado de aluguer de energia para aplicações especiais (off-shore, eventos, grandes projetos, entre outros).

Em março de 2023 juntou-se à Grupel, onde aceitou o desafio de liderar a Equipa de Engenharia e Inovação e onde promete criar valor com produtos que gerem benefício para clientes e, por conseguinte, para a própria empresa. Estivemos à conversa com ele para perceber o que o motiva e quais são as suas expectativas relativamente a esta nova experiência.

Quais as suas expectativas para o seu trabalho na Equipa de Engenharia e Inovação da Grupel?

A minha expectativa é a criação de valor para a GRUPEL, para a região… para nós! Espero que um pouco de patriotismo não caia mal.

Como membro ativo no mercado de grupos geradores, tenho assistido ao desenvolvimento da GRUPEL com uma certa curiosidade e com um misto de orgulho e carinho, dado ser uma empresa portuguesa e muito próxima de onde eu vivo com a minha família.

Acho que estava “escrito nas estrelas” que um dia viria cá parar. Sou especialista nesta área de negócio, nestes produtos, ajudei a criar valor noutros países, principalmente em Zaragoza. Mas tinha de apanhar um avião para estar com os meus colegas, enquanto a GRUPEL ficava aqui tão perto!

 

De que forma espera contribuir para o crescimento da marca?

Como já referi, o meu trabalho é a criação de valor. Para isso é preciso criar produtos que gerem benefício para os nossos clientes que, consequentemente, possa também fluir naturalmente até nós.

Trago em mente algumas ideias, produtos inovadores que, com tempo, espero vir a desenvolver e lançar na GRUPEL. Antes disso, há que reforçar a equipa de engenharia, aperfeiçoar a metodologia e criar com uma identidade mais virada para a inovação. Irei, obviamente, usar toda a experiência e os ensinamentos colhidos, ao longo dos anos de trabalho numa organização multinacional, maior, mais complexa e com uma forte componente de inovação no seu ADN.

 

De que forma a transição energética impacta o setor?

A transição energética é uma realidade e um paradoxo.

Vemos uma forte tendência para conversão de equipamentos elétricos e a substituição da combustão resultando num aumento exponencial do consumo de energia elétrica. Por outro lado, vemos também um grande investimento em energias renováveis. No entanto, sabemos de antemão que a procura vai superar em muito a oferta, pelo que iremos ter de enfrentar falhas no fornecimento de energia elétrica, para as quais não estamos minimamente preparados.

É uma notícia menos boa para os utilizadores, mas boa para o negócio de sistemas de “backup”. Mas ter mais geradores a diesel não será viável até um certo ponto. A oportunidade estará lá, mas quem conseguir desenvolver soluções com emissões de CO2 “net zero” é que irá sobreviver à transição energética.

Até 2050 espera-se um aumento de 3 vezes de consumo de energia elétrica. Um aumento gigantesco, incrível, quase inacreditável. Normalmente os sistemas de backup acompanham a tendência de aumento de consumo, mas até se pode assumir que esse crescimento seja ainda mais acentuado numa fase mais inicial. Espera-nos muito trabalho nos próximos tempos, basta-nos continuar a fazer as coisas certas.

 

Quais são, atualmente, os desafios do setor dos geradores elétricos?

Temos alguns desafios importantes, mas o principal desafio é mesmo a descarbonização.

A tendência de mercado encaminha-se para soluções com menores emissões de CO2, ou neutras, o que leva a uma alteração importante no mercado de motores diesel. Muitos dos atuais fabricantes irão ser forçados a deixar ou reduzir drasticamente o seu fabrico, adotando, entretanto, outras tecnologias de substituição.

O impacto para os OEM’s de grupos geradores é incerto, mas será avassalador. Podemos até continuar por algum tempo com os tradicionais motores de combustão interna com HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), que é uma solução de emissão neutra de CO2. A médio prazo é expectável a adoção de H2 ou derivados, e consequente uso de eletrónica de potência, bem como sistemas híbridos com armazenamento de energia.

Na realidade, todos sabemos que os grupos geradores de emergência normalmente não trabalham muitas horas por ano, tendo, por isso, baixo impacto em termos de emissões globais. Não nos podemos esquecer, no entanto, que em caso de disrupção da rede elétrica iremos ter um impacto desastroso na qualidade de vida em muitas cidades. Em Londres, por exemplo, se faltasse eletricidade por mais de 24 horas, teriam de evacuar a cidade por má qualidade do ar.

 

De que modo a transformação digital da Grupel pode facilitar na resposta a esses desafios?

Para além dos novos produtos que queremos e iremos ter, a transformação digital é potencialmente o maior motor de crescimento para a GRUPEL.

Devo acrescentar que fiquei encantado com o novo configurador, as suas potencialidades e alcance. Podemos chegar a mais clientes, a mais mercados e, não menos importante, simplificar a cadeia de valor com consequente aumento de competitividade e lucratividade. Não tenho conhecimento de outro player neste mercado que disponibilize a possibilidade de configurar e comprar online. As pessoas já conhecem e estão acostumadas a usar esse tipo de ferramentas… como por exemplo com carros. Estamos, pois, um passo à frente.

Destaco, ainda, a importância da digitalização no aprofundamento de conhecimento e troca de informação com o mercado, o acesso a novas ideias e tecnologias, a atração de mais e melhores talentos para a nossa equipa. Colocando tudo junto, estaremos mais preparados para enfrentar esta nova vaga de oportunidades e desafios que a transição energética nos vai trazer.

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